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Foto do escritorPriscila Chiari

O que o silêncio nos diz?

Estamos inseridos em um mundo com tantas informações, sejam elas transmitidas de forma verbal ou escrita, que desaprendemos a ouvir o silêncio. Mas, de que forma ele nos fala? Diferente do que muitos imaginam, o silêncio também é uma forma de comunicar. A comunicação não ocorre apenas pela via da verbalização.



O que acontece é que perdemos a habilidade de ouvir o não-verbal, de perceber mensagens transmitidas através do olhar, dos movimentos e da respiração. Desaprendemos que o silêncio pode vir carregado, em sua aparente falta de palavras, de vários sentimentos e significados.

Às vezes, o silêncio é a tristeza, o vazio, a dor. Outras vezes, pode também significar desapego, libertação, esvaziamento de algo que já não faz mais sentido. Nele pode haver reflexão, conexão, certezas, força; além de ser uma possibilidade de evitar conflitos.


Frequentemente, é também percebido como algo desagradável, como a falta de relação, principalmente quando se está em grupo e a interação parece ser quase uma necessidade. Ele nos incomoda por não nos permitir controlar as interações e por bloquear nossa capacidade expressiva, sendo gerador, muitas vezes, de angústias.


É importante que a pausa no discurso seja acolhida com empatia, e que possamos estar juntos mesmo na falta de palavras. Temos que voltar a nos atentar no contato não apenas por meio da verbalização, mas também a partir de outras nuances do comunicar, como as expressões, a respiração e o estar juntos, independentemente da forma.


Este texto foi um convite para a reflexão sobre a nossa forma de dialogar e perceber o silêncio. Vocês já tinham percebido o significado do silêncio na interação com seus filhos, amigos e pares? E o seu silêncio? Já deu uma pausa para escutá-lo?

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1 Comment


Cynthia Chiari Barros
Cynthia Chiari Barros
Jun 27, 2019

Em um mundo cada vez mais acelerado e barulhento, permitir-se o exercício do silêncio é uma oportunidade ímpar de olhar para dentro de si. Sem contar que, muitas vezes, a fala desenfreada é apenas uma forma de se manter na superfície, de preencher o espaço que, de outro modo, seria ocupado pela dor, uma forma, portanto, de não contatar e de não comunicar o que se passa em nosso interior.

Muito interesse esse convite, Priscila, a refletir sobre as nuances do silêncio!

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